Dilma Rousseff dispõe no Congresso de um curioso grupo de aliados. Privam a presidente da solidão sem fazer-lhe companhia.
Um dos integrantes mais destacados dessa ala é o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Ele respira chantagem.
Na semana passada, Garotinho ameaçou assinar a CPI do Paloccigate se Dilma não vetasse o kit anti-homofobia do MEC. Prevaleceu.
Agora, Garotinho encosta na garganta da presidente uma segunda lâmina: a emenda que institui um piso salarial para bombeiros e PMs.
O governo foge da votação da proposta como Palocci da CPI. Nesta terça (31), Garotinho cuidou de misturar os dois temores:
"O momento político é esse”, discursou o deputado, numa reunião com colegas favoráveis à emenda.
“Temos uma pedra preciosa, um diamante que custa R$ 20 milhões, que se chama Antonio Palocci..."
“...A bancada evangélica pressionou e o governo retirou o kit gay. Vamos ver agora quem é da bancada da polícia. Ou vota, ou o Palocci vem aqui."
Chantagem? "Não fiz uma ameaça, fiz uma proposta, que teve uma grande receptividade da platéia...”
“...Já os deputados mais ligados ao PT ficaram constrangidos e saíram. Agora, eu acho que o Palocci deve explicações à sociedade brasileira".
Como se vê, o governo Dilma, bebê de cinco meses, recebe dos aliados o tratamento de um velho com o pé na cova.
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Esse cara não vale o prato que come, o curioso é que já está se tornando redundância.
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