segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Juventude do PMDB no Jornal O DIA


Cabral terá reforço em família para a reeleição
À frente da Juventude do PMDB, Marco Antônio, filho do governador, diz que atraiu cerca de 10 mil jovens para se filiarem ao partido e já pensa na campanha do pai para o próximo ano
POR RICARDO VILLA VERDE, RIO DE JANEIRO

Rio - A campanha eleitoral de 2010 ainda não começou oficialmente, mas as atenções de Marco Antônio Neves Cabral, 18 anos, já estão mirando a disputa do ano que vem. Filho do governador Sérgio Cabral, Marco Antônio assumiu interinamente a presidência regional da Juventude do PMDB em agosto e já traça planos para ajudar o pai a se reeleger.
“Vamos fazer uma campanha paralela da Juventude, como meu pai nunca teve. A Juventude vai estar nas ruas”, explica Marco Antônio. Ele será eleito oficialmente presidente do grupo, em convenção no dia 12 de dezembro, no auditório da Uerj. O evento terá a participação de figurões do PMDB, como o governador, o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani, e o deputado Michel Temer (SP), presidente nacional do partido. “Estamos esperando mais de quatro mil jovens”, afirma o rapaz.
Estudante de Direito da PUC, Marco Antônio assumiu o comando da Juventude peemedebista após a saída da vereadora Clarissa Garotinho do partido. O mandato de Clarissa na presidência do grupo iria até dezembro, mas ela foi para o PR junto com o pai, o ex-governador Anthony Garotinho, que já havia deixado o PMDB. Garotinho vai disputar o governo com Cabral em 2010.
Com o cacife do pai governador, Marco Antônio tem percorrido o estado para mobilizar jovens para o PMDB. Ele tem contado com a ajuda de prefeitos e deputados do partido. “Hoje temos Juventude em mais de 70 municípios, já temos um coordenador em cada região do estado e já filiamos mais de 10 mil jovens”, afirma o rapaz. Ele calcula que, dos 200 mil filiados ao PMDB no Rio pelo menos 30 mil são jovens “aptos a participar da Juventude”.
Marco Antônio é a estrela das pré-convenções da Juventude peemedebista no estado. Neste domingo, ele estará em Paulo de Frontin, com jovens da região Centro-Sul. Em suas andanças, recebe pedidos variados direcionados ao pai. “Alguns (pedidos) eu até levo a ele, quando acho interessante”. Ele garante, porém, que não troca filiação ao partido por favores, como empregos no governo. “Corto logo”, garante.

TAL PAI, TAL FILHO NA POLÍTICA

Marco Antônio está seguindo os passos do pai. O governador Sérgio Cabral também começou na política na Juventude do PMDB, no início dos anos 80. O rapaz admite que também tem pretensão política. “Se eu falar que não tenho seria mentira, mas só em 2014. Com 23 anos será uma idade boa para decidir o que fazer”, explica ele, que tem como certa a reeleição do pai em 2010. Apesar de reconhecer que a disputa “será dura”, ele diz acreditar que o apoio do presidente Lula a Cabral “vai decidir a eleição”.

PERFIL

TIME DE FUTEBOL
Vasco da Gama

ESCOLA DE SAMBA
Mangueira

LOCAL DO RIO
Quadra de escola de samba. “Me sinto como pinto no lixo”.

ESTILO MUSICAL
Samba

ÍDOLOS MUSICAIS
Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia, Zeca Pagodinho e a Velha Guarda da Portela

FILMES PREFERIDOS
‘O Poderoso Chefão’ e ‘Cinema Paradiso’

POLÍTICO BRASILEIRO
Presidente Lula, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Getúlio Vargas

PERSONALIDADES MUNDIAIS
Che Guevara, Martin Luther King e Mahatma Gandhi

LEITURA PREFERIDA
Livros sobre política e biografias

LIVRO QUE ESTÁ LENDO
‘Nixon e Kissinger: Parceiros no Poder’, do historiador Robert Dallek.

LIVRO QUE GOSTOU MUITO
‘A Ilha’, de Fernando Moraes.

PONTOS FORTES DO GOVERNO CABRAL
“A mudança na gestão e a união com o presidente Lula e o prefeito Eduardo Paes. Isso é inédito no Rio”

PONTOS FRACOS
“Como sempre, a Segurança Pública. Foram 40 anos de abandono, de crescimento desordenado das favelas. A política de confronto, infelizmente, mata inocentes, mas tem de ser feita”.

MAIOR PROBLEMA DO RIO
“As drogas. O tráfico de drogas. O usuário tem que se convencer que, ao fumar maconha e cheirar cocaína, está dando armas para bandidos para assaltá-lo depois na rua”.

NOTA PARA O GOVERNO CABRAL
“Nove e meio, para não ficar chato dar um 10”.

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